terça-feira, 17 de maio de 2011

No entrelaçado das linhas mais ou menos coloridas da vida... tinha-me esquecido que ainda existias. Ao reencontrar-te, passados quase 2 anos, tive uma grata nostalgia desses tempos, que já foram envoltos em vidas. Se quero voltar a imprimir movimento no teu espaço de escrita? Não sei, não sei se me apetece, se me apeteces!
Pois é blog, por vezes os humanos são assim: fartam-se das tecnologias que parecem comandar o mundo, delimitar espaços, formatar pensamentos e vontades!
Vou deixar-te mais uns tempos em amena meditação de bites (sejam eles "giga" ou "mega"), porque eu... o que quero mais é voltar ao cheiro do papel... ao ruído inconfundível de uma página a voltar... de uma folha a deslizar sobre a outra.... de ruído do riscador (lápis, caneta, pincel...) desbravando a superfície branca do suporte dos meus sonhos!
Se estou zangada contigo? Claro que não! Mas... permite-me dizer que entre um e-mail... e uma carta, com cheiro a papel... onde veja e descubra o desenho dos pensamentos de quem a escreveu... prefiro, sem qualquer dúvida a segunda!
Até qualquer dia, blog!

sábado, 15 de agosto de 2009

No calor da noite...

O som da onda leve de espuma a estender-se no areal, um "Mojito"... os olhares que cruzam conversas, o bloco, sobre a mesa, impaciente pela primeira linha do pensamento que esvoaça, inquieto, questionando a vida. E a voz quente, vulcão interior, que vem chegando, em sons de piano e metais...


Paolo Conte "Hemingway" (Live Montreal,1988)

Sensualidades...

Ontem, à noite, fui surpreendida pelo som/cor de uma sensual mistura da Itália com o Brasil. O calor da noite foi invadido pelo desenho da voz de Patrízia Laquidara... em sonoridades sensuais de tons quentes... O álbum "Funambola", tem já dois anos (como tenho andado distraída!), dele partilho contigo, que agora me visitas, o tema Ziza...


Patrizia Laquidara "Ziza"

12/08/1952 - A noite dos poetas mortos...

Itzik Fefer, Albert Einstein e Solomon Mikhoels, em 1943


Detidos na prisão de Lubianka, em Moscovo, com a acusação de "nacionalismo burguês, traição e cosmopolitismo", na noite de 12 de Agosto de 1952, treze intelectuais judeus foram fuzilados, por ordem de Estaline.
Romancistas, como David Bergelson, actores como Benjamim Zuskin (a quem tinha sido atribuido o prémio Estaline, em 1946), Poetas... Peretz Markich, David Hofstein, Itzik Fefer, o médico Boris Shimeliovich, ou Leib Kvitko - autor de literatura infantil, entre outros.
Afinal, o que os relacionava? O facto de serem Judeus e pertencerem ao "Comité Judaico Antifascista", condenado e dissolvido em 1948.
Markich escreveu, a propósito da acusação de que foram alvo: "Hitler quis matar-nos fisicamente, Estatline espiritualmente".
O anti-semitismo de Estaline acentuou-se no pós-guerra, a imprensa publicada em iídiche foi censurada, e gradualmente encerrada, até á proibição final em 1952.